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Monthly Archives: maio 2010

600full-sid-vicious

Uma vez eu lembro de ter lido que aquela explosão do punk inglês por volta de 77 na Inglaterra, foi como que uma resposta dos jovens proletários ingleses, “marginalizados”, à sofisticação de bandas progressivas como Pink Floyd por exemplo que despontavam na época. Então eu penso que o punk naqueles tempos, assim como o movimento hippie dos anos 60 no mundo todo (com bandas como Mutantes aqui no Brasil tocando aquelas coisas malucas que eles tocavam em plena ditadura militar) representaram um movimento de contra-cultura, com o diferencial das guitarras distorcidas e a fúria. Sim, no punk desde os primórdios sempre existiu a fúria. Dai você vai me perguntar, mas fúria contra o que? Eu penso que o punk sempre foi de encontro a determinados valores corporativos, moralistas e principalmente hipócritas da sociedade. A moda, os ideais estúpidos de beleza, o conceito do “belo”, da “perfeição”, acho que o punk sempre questionou essas coisas. E penso também que o punk representou talvez uma das vertentes mais sinceras do rock n roll, uma vez que ela resgatou aquele amadorismo inicial que sempre norteou a todos os românticos. Acho que é necessário um certo amadorismo ao artista. Uma vez, inclusive, eu vi uma entrevista da Clarice Lispector na qual ela fala justamente isso, que ela era uma artista amadora, que escrevia quando queria e quando tinha vontade e que portanto não era profissional. E então penso que as vezes falta isso um pouco na música, no rock, um certo “amadorismo”. Ou seja, muitas bandas fazem de seus shows uma legitima exibição de técnica e profissionalismo. Os fãs voltam para casa satisfeitos mas, e daí? Aonde está o improviso, a espontaneidade inerentes a arte?
Quando o rock n roll foi se tornando algo burocrático demais, totalmente profissional, “perfeito”, “bonito” demais, o punk meio que surgiu mostrando que o “feio” também poderia ser interessante, que o simples poderia ser complexo. E que MENOS AS VEZES ERA MAIS.

Pára-quedas
Para que servem os Pára-quedas?
Um salto em queda livre
Como em um trailer de cinema, como em um lapso de vida
Saltar em queda livre
Saltar em queda livre para viver a vida em sua totalidade
Para que servem os Pára-quedas?
Se viver a totalidade, é se viver o todo em um só momento
Pára-quedas
Pára-quedas atenuam impactos
Impactos deixam marcas
Marcas de uma vida vivida em totalidade
Pára-quedas atenuam, sim
Pára-quedas ao atenuarem o impacto, reduzem a velocidade, e ao reduzir a velocidade destituem com a totalidade da vida
Saltar de Pára-quedas é se resguardar da totalidade
Pára-quedas, ao reduzir o impacto, ao destituir a totalidade, nos privam da nossa própria verdade
Para que servem os Pára-quedas?

nirvana_by_Oneboltshort

Eu não sei bem, o que eu poderia dizer? Quem sabe um dia.
A platéia observa atenta tudo de longe, sem alarmes, confortáveis nas poltronas, todos seguros de si. Quanta hipocrisia.
Pode parecer impressão, mas a vida insiste em flertar com o nosso caminho. E a flecha vai te pegar em cheio cara, acredite. E você tem outra sugestão?
E nem sabemos ao certo porque nos sentimos assim. E por fim tudo é tão idiota, e o sol insiste a se alinhar nessa mesma forma imbecil, permanente e intolerante.
A criança sorriu, e eu me permiti em apenas fixar-me no plexo do seu olhar, sem maiores julgamentos.
Uma foto, apenas uma imagem. Absorção, reflexão, ou quem sabe o clarear da imensidão da nossa interna escuridão?
Notícias de guerra, mensagens de amor de um país distante, de uma nação já há muito tempo esquecida.
Ecos que se sobrepôem, que se disfarçam em meio a primavera. Ondas estacionárias que se chocam frente ao alvo que a refletem.
Ou talvez um espelho. O que nós vemos diante de nós? Será eu? Ou quem sabe você? Bem, não sei ao certo. Quem sabe teria o espelho a distinção de projetar por um feixe de luz toda a essência de nosso ser, a nossa transcendência, aquilo que não conseguimos ver? Ou seria o espelho um mero projetor de imagens opacas e distorcidas? Ou seriamos nós exatamente a conjunção de todas essas objeções e reluzencias? Um resultado confuso e conflitante de projeções opacas e distorcidas, fragmentárias e inconssistentes? No espelho vemos a projeção da nossa imagem? Ou estariamos nós “projetando” nele o resultado de todas as nossas incertezas, frustações e inseguranças?
Uma sutil abreviação, inconssistente, porém permanente em sua tática obsessiva.
Essa é a minha modalidade de guerrilha.

Palavras
Viagens
Alvoroço
Vozes
Paisagens
Lembranças
Palhaços malvados dançando na sala de estar
Filme bobina é uma verdadeira raridade
Vale a pena tentar?
Me siga, vamos descobrir isso juntos

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